A Lourinhã para além de ser conhecida como a Capital dos Dinossauros também se destaca devido à produção de Doces Regionais de excelência. As “Areias Brancas” fazem as delícias de quem visita a conceituada vila.
Este doce conventual, com mais de 200 anos de existência, prima pela excelência. A receita deste doce foi obtida num convento de freiras em Lisboa. D. Eugénia Perdigão, avó materna de Elísio Pereira, foi educada num convento (desconhecendo-se qual) onde obteve a receita deste bolo e posteriormente foi passando de geração em geração.
Por volta de 1935, os pais de Elísio Pereira, na altura com três anos, mudaram-se de Lisboa para a Praia da Areia Branca com os seus três filhos. Em 1938, construíram e abriram um salão de chá em madeira (único do género, na zona), que ficou conhecido como o Pavilhão Verde, localizado onde hoje se encontra a Pousada da Juventude. Foi neste local que Maria Luísa (mãe de Elísio) começou a fabricar e comercializar o bolo, o qual batizou como “Areias Brancas”.
As “Areias Brancas” é um bolo “apudinado”, amarelo dourado e com uma textura cremosa. É na mistura dos ingredientes, na temperatura do forno e no modo de preparar a amêndoa, que está o segredo deste tão apreciado bolo. Nos meses de verão em média produzem-se 2400 “Areias Brancas” por semana. Nas épocas baixas são produzidas cerca de 1500.
Os mistérios que envolvem este afamado bolo, “Areias Brancas”, foram dados a conhecer numa campanha publicitária que foi preparada e que concorreu ao Festival Cannes Lion na Riviera Francesa, em 2016. Este produto também já foi distinguido com a marca Lourinhã, um selo municipal, que atesta a sua excelência.
Fotos (Agradecimento): Casa das Areias Brancas