A Câmara Municipal de Peniche (CMP), na pessoa do seu presidente – António José Correia -, inaugurou hoje, na Fortaleza de Peniche, uma Escultura-Memorial alusiva aos Presos Políticos de Peniche.
Durante 40 anos, até abril de 1974, a Fortaleza de Peniche foi utilizada como prisão política pelo regime ditatorial fascista do Estado Novo. Pelo depósito de presos de Peniche passaram milhares de resistentes antifascistas cujo único crime foi o de lutarem pela Liberdade.
A Escultura-Memorial hoje inaugurada é da autoria do escultor José Aurélio. “Este foi um projeto pelo qual nos debatemos e que consideramos de fundamental justiça”, explicou o presidente da CMP, acrescentando que “foi uma relação próxima com o escultor que a ideia da peça se foi consolidando”.
O escultor José Aurélio, ao tomar da palavra, começou por explicar que “tendo sido um homem da oposição, foi extremamente gratificante poder pegar neste projeto e poder criar mais um símbolo do que é um Portugal novo,um Portugal livre, um Portugal sem todos os condicionamentos que existiram durante aquele período negro do fascismo”.
Trata-se de uma peça que, de acordo com o autor, tem uma simbologia muito simples e direta para poder ser percebida pela maioria dos visitantes que forem à Fortaleza.
Os presos políticos “Disseram Não… Para que a água da vida corresse limpa”.
Na inauguração da Escultura-Memorial marcaram presença centenas de pessoas que aproveitaram o momento para assinalar a importância da Liberdade. Muitos foram os presos políticos que fizeram questão de estar presentes e, ao mesmo tempo, colocaram uma fita alusiva à respetiva liberdade na nova Escultura.
As emoções foram mais que muitas e as mensagens também…
Em uníssono todos gritaram: “Viva a Liberdade!”
Fernando Rosas, político e historiador, também fez questão de colocar a sua fita com a sua mensagem no novo Memorial existente na Fortaleza de Peniche.
António José Correia, presidente da CMP, fez o mesmo…
Outros autarcas seguiram o exemplo…
Várias figuras públicas também marcaram presença. A atriz, Rita Blanco, foi uma delas…
Este foi um momento extremamente importante, munido de muitas emoções, representando um assim um enorme simbolismo para a cidade de Peniche e até mesmo para o próprio país.