A Real Fábrica do Gelo, situada na Serra de Montejunto, está classificada como Monumento Nacional.
A Real Fábrica do Gelo, também referida como Fábrica da Neve da Serra de Montejunto, única no país, é um dos raros exemplares de seu género existentes na Europa e, em termos de tecnologia, à época, uma das mais avançadas. A sua laboração ocorreu entre meados do século XVIII e finais do século XIX.
Real Fábrica do Gelo custou cerca de 45 mil cruzados
A edificação desta Fábrica de Gelo que abastecia a cidade de Lisboa é atribuída aos frades dominicanos, em época anterior a 1741. Terá custado 40 ou 45 mil cruzados, despesa elevada, à época.
O consumo crescente do gelo no século XVIII terá motivado a construção da Real Fábrica do Gelo em Montejunto, que seria a única serra, de entre um conjunto de elevações próximas de Lisboa, que oferecia as condições climatéricas necessárias à congelação da água durante a estação invernosa.
Áreas funcionais da Real Fábrica do Gelo
O denominado Monumento Nacional era composto por três áreas funcionais: a área de elevação e distribuição de água; tanques de congelação ou geleiras e, por fim, os poços ou silos de armazenamento de gelo e área de expedição.
A sua produção destinava-se a abastecer Lisboa, tanto a corte, como alguns cafés. O transporte do gelo era uma operação difícil, fazendo-se pela encosta sul da Serra de Montejunto até ao rio Tejo e daí até Lisboa.
Real Fábrica do Gelo reinaugurada em 2011
Classificada como Monumento Nacional desde 1997, foi objeto de intervenção de conservação e revalorização por iniciativa da Câmara Municipal do Cadaval, com a colaboração do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), e reinaugurada em 27 de março de 2011, pelo secretário de estado da altura, Dr. Elísio Costa Santos Summavielle, e pelo presidente da Câmara Municipal do Cadaval de então, Aristides Lourenço Sécio.